sábado, 6 de fevereiro de 2010

Cavaco - "artigo" de "decoração" da democracia portuguesa?

Cavaco Silva, relembrou este fim-de-semana que Portugal é um «Estado de Direito».
O chefe de Estado, afirmou também que todos «devem» respeitar o princípio constitucional da «liberdade de expressão e o pluralismo da comunicação social».

O presidente da República, está a lavar as mãos de uma situação de extrema gravidade.
As suspeições que pendem sobre o primeiro-ministro, SrºJosé Sócrates, são suficientes para que o mesmo se demita. Sócrates jamais se demitirá - está tipo lapa agarrado ao poder sustentado na endémica ignorância nacional.

Um presidente da República não pode dizer que «devem» respeitar, mas antes dizer que todos, sem excepção, são «obrigados» a respeitar o princípio constitucional da liberdade de expressão e o pluralismo da comunicação social. Cavaco, enquanto primeiro-ministro soube respeitar essa obrigatoriedade. Não pode dizer que "devem" respeitar, no caso de Sócrates ou de quem for - Sócrates e nenhum outro português podem estar acima da lei.

Cavaco só tem uma saída: exonerar o primeiro-ministro. Nada mais resta ao presidente da República, já não tem, em boa verdade, mais margem para continuar a ser um artigo de decoração do Estado português.

Apoiei Cavaco, continuarei a apoiar, mas tem de mostrar que está à altura dos desafios nacionais - coragem, parece começar a faltar e essa é a essência do cargo para o qual os portugueses o elegeram. Caso contrário, para decoração colocamos em Belém uma imagem do célebre Zé Povinho.

Nota: Um Zé Povinho de boca aberta a não intervir, resignado perante a corrupção e a injustiça, ajoelhado pela carga dos impostos e ignorante das grandes questões. O próprio Raphael Bordallo-Pinheiro dizia:

"O Zé Povinho olha para um lado e para o outro e... fica como sempre... na mesma".

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